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Todo Mundo Quem? Estudo mostra perfil de 100 milhões fora das redes sociais

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Dos 208 milhões de brasileiros, 98 milhões estão nas redes sociais. Mas e os outros 110 milhões? O estudo qualitativo “Todo Mundo Quem?” feito em seis capitais brasileiras com pessoas entre 14 e 65 anos que nunca usaram redes sociais, mostra um outro ângulo sobre o público consumidor – aquele que não é heavy user.

Segundo os pesquisadores independentes Luiza Futuro e Filipe Teixeira, uma parcela expressiva da população brasileira vive, o que os pesquisadores chamam de ‘solitude’, são os chamados “Nativos Sociais”. ‘Diferente da solidão, a solitude é justamente querer estar sozinho, mas não de forma ruim. Você simplesmente não quer ser achado e tem todo o direito de querer isso’, explicou Filipe durante palestra no Mercado Livre Experience 2018.

Outra tendência que contradiz o conceito do consumidor tradicional que está “conectado 24/7” está ligada a questões como privacidade de dados e a valorização do “offline”. Os nativos sociais valorizam muito mais o momento de ‘cuidarem de si mesmos’ e por conta disso, a estratégia comum de ‘cercar’ este consumidor com uma presença de marca digitalmente sufocante pode ser prejudicial.

Para os pesquisadores, as marcas precisam repensar esta ‘pressão’ das mensagens que exercem sobre seus consumidores. É preciso aceitar que existem pessoas que moram sozinhas e que não têm uma rede de contatos tão articulada assim. ‘Você pode estar passando uma mensagem ruim para seu público’, disse Filipe.

Consciência tridimensional e crise de presença
Há uma contradição no comportamento humano. Humanos não são lineares, são mais complexos que a nossa base de dados. Estas particularidades do ser humano compõem a consciência tridimensional. ‘Por isso temos que ter sensibilidade para entender as nuances’, disse Luiza.

Considerando então que esta “falta de atenção” não é necessariamente um problema (inclusive, empresas como Google, Facebook e Apple já anunciaram iniciativas para tentar diminuir o vício dos usuários), é preciso criar novas formas de lidar com a “crise de presença”. “Criar intimidade e uma relação com alguém só é possível quando você demonstra dar a atenção que ela precisa. Criar relações leva tempo e demanda esforço”, afirmou a pesquisadora.

Ela citou um conceito da especialista em relações contemporâneas, Esther Perel, que diz que a qualidade dos relacionamentos determina a qualidade de vida das pessoas. “Como marcas, precisamos nos perguntar de forma recorrente: como podemos expandir o conceito de conexão com nosso público, como elevar a barra de sinceridade e como lidar com os desejos contemporâneos de tempo, afeto e segurança”, finalizou Luiza.

Takeways:

  • Nativos Sociais (target que não quer estar nas redes sociais) demandam empatia e diálogo e são questionadores das relações humanas;
  • O que as ferramentas digitais e os agentes de transformação vão fazer para suprir essas novas “necessidades”?
  • A essência humana deve fazer parte das estratégias de comunicação e marketing das marcas;
  • Internet é pluralidade;
  • Dilua a criação de targets estereotipados

Fonte: E-commerce Brasil

Fonte da Imagem: Projetada pelo Freepik

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