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O que é câncer de mama?

É uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente e outros não. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado e tratado no início.

O câncer de mama é comum no Brasil?
Sim. É o tipo mais comum, depois do câncer de pele, e também o que causa mais mortes por câncer em mulheres.

Só as mulheres têm câncer de mama?
Não. Homens também podem ter câncer de mama, mas isso é raro (apenas 1% dos casos).

O que causa o câncer de mama?

Não há uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao câncer de mama. O risco de desenvolver a doença aumenta com a idade, sendo maior a partir dos 50 anos.

Comportamentais/ambientais

  • Obesidade e sobrepeso após a menopausa;
  • Sedentarismo (não fazer exercícios);
  • Consumo de bebida alcoólica;
  • Exposição frequente a radiações ionizantes (raios X, mamografia e tomografia).

Fatores de risco História reprodutiva/hormonais

  • Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos. Não ter tido filhos;
  • Primeira gravidez após os 30 anos. Não ter amamentado;
  • Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos;
  • Ter feito uso de contraceptivos orais por tempo prolongado;
  • Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos. Hereditários/genéticos História familiar de:
    – Câncer de ovário;
    – Câncer de mama em homens;
    – Câncer de mama em mulheres, principalmente antes dos 50 anos.

A mulher que possui alterações genéticas herdadas na família, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2, tem risco elevado de câncer de mama. Apenas 5 a 10 % dos casos da doença estão relacionados a esses fatores.

Conheça os sintomas

  • Alterações no bico do peito (mamilo);
  • Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
  • Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
  • Saída de líquido anormal das mamas;
  • Essas alterações precisam ser investigadas o quanto antes, mas podem não ser câncer de mama.

Como as mulheres podem perceber os sinais e sintomas da doença?
Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres. Olhe, palpe e sinta suas mamas no dia a dia para reconhecer suas variações naturais e identificar as alterações suspeitas. Em caso de alterações persistentes, procure o Posto de Saúde.

Além de estarem atentas ao próprio corpo, é recomendado que as mulheres façam exame de rotina?
Sim. O rastreamento é a realização de exame de rotina para identificar o câncer antes de a pessoa ter sintomas. No caso do câncer de mama, o exame recomendado é a mamografia.

Formas de prevenção

Quem deve fazer mamografia de rastreamento?
É recomendado que Mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia a cada dois anos.

A mamografia para avaliar uma alteração suspeita na mama é chamada de mamografia diagnóstica e poderá ser feita em qualquer idade. Alterações suspeitas também podem ser avaliadas pelo exame clínico das mamas, que é a observação e palpação das mamas por médico ou enfermeiro.

Por que a mamografia de rastreamento não é indicada para mulheres com menos de 50 anos?
Antes dessa idade as mamas são mais firmes e com menos gordura (densas), o que torna o exame limitado para identificar as alterações, gerando muitos resultados incorretos.

E as mulheres com 70 anos ou mais?
Nesta faixa etária é maior o risco de revelar um tipo de câncer de mama que não causaria prejuízos à mulher.

Conheça os possíveis benefícios e riscos da mamografia de rastreamento e decida o que é melhor para você.

Se 720 mulheres, com idade de 50 a 69 anos e sem alto risco para câncer de mama, são rastreadas a cada dois anos, por 11 anos:

  • cerca de 204 mulheres poderão ter um resultado falso-positivo na mamografia, o que requererá novos exames de imagem;
  • 26 dessas mulheres poderão ter uma biópsia para confirmar se elas têm ou não câncer de mama;
  • pelo menos 4 mulheres poderão ter a mama removida, em parte ou totalmente, sem necessidade;
  • 1 mulher poderá escapar de morrer de câncer.

Fonte: Baseado na realidade canadense (www.canadiantaskforce.ca)

Em mulheres fora da faixa etária de 50 a 69 anos as mamografias de rotina provavelmente não trarão benefício, e os riscos serão ainda maiores.

 

auto-exame
Fonte: Mastologista Sérgio Masili, do Instituto do Câncer do Hospital das Clínicas de São Paulo


Link para a cartilha completa Câncer de Mama – Vamos falar sobre isso?

http://www.inca.gov.br/outubro-rosa/material/2018/cartilha-cancer-de-mama-vamos-falar-sobre-isso.pdf

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