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O futuro de nossas empresas está em nossas mãos
Passamos por um momento delicado em que a economia não consegue retomar o seu curso normal de crescimento, fazendo com que os números alarmantes do desemprego e de fechamento de empresas se mantenham em patamares desconfortáveis.
Todos os dias somos bombardeados pelas mídias sobre dados ruins da economia e vários dos denominados “gurus” insistem em manter um pessimismo sobre o futuro. Alguns alegam que, para que a economia retome seu crescimento, serão necessárias ações políticas (ex: reforma da previdência), e todos nós acreditamos e nos colocamos na defensiva com medo de investir, contratar, inovar, deixando o tempo passar e colocando nas mãos de terceiros o futuro de nossa empresa.
Mas, será que estamos fazendo a coisa certa? Será que nós não nos acomodamos contaminados por informações ruins? Em minha opinião, sim.
A crise porque passamos não acabou com o dinheiro que estava em circulação e sim, fez com que quem o detém seja mais cauteloso, exigente e criterioso na hora de gastar e é esta diferença que ainda não entendemos. A cada crise o sarrafo sobe um degrau e você e sua empresa precisam estar preparados para voos mais altos.
É fato que muitos cenários ainda pareçam embaçados, mas como empresário e consultor de negócios há mais de 20 anos, posso afirmar com tranquilidade que o futuro de nossas empresas está em nossas mãos. Se a sua empresa possui um bom produto ou serviço, se deixar contaminar pelos noticiários e por pessoas negativas, é um grande erro e pode até ser fatal. Você precisa retomar o controle da sua operação se adequando a nova realidade do mercado e, para isso, é preciso vontade e determinação. Se não sabe por onde começar, deixo algumas dicas que sempre dão certo:
Se você é um lojista, fique do outro lado da calçada e observe a sua loja e o comportamento de quem passa por ela. Iluminação, vitrine, modelo de abordagem de clientes, letreiro e principalmente, observe quantas pessoas passam, olham e não entram. Sua cabeça vai fervilhar de ideias.
Se você é empresário, experimente ligar para sua empresa como se fosse um cliente e pergunte sobre seus produtos, prazos de entrega, formas de pagamento e observe o tempo de resolução para atendimento e resolução de problemas, mas cuidado para não se assustar.
Seus funcionários acordam todos os dias para lhe ajudar. Mas, já pensou chegar ao trabalho e encontrar um patrão que só reclama das coisas, que acha que vai ter que fechar, que só fala em cortar custos (inclusive pessoas), que não tem como pagar as suas obrigações… que comportamento você espera que estas pessoas tenham diante de um cenário horroroso desses? Seja positivo, converse, peça opiniões, incentive a todos, passe sempre uma mensagem de profissionalismo e superação e jamais de um simples otimismo. Os otimistas morrem esperando por algo que pode não acontecer.
Não há nada mais ineficaz do que cortar custos. Você corta hoje e eles voltam amanhã com filhotes. O que você precisa fazer é gerenciar, acompanhar seus custos identificando imediatamente grandes variações e agindo. Crie uma planilha mensal de custos (fixos e variáveis) e mantenha-os sobre vigilância constante.
Em muitas ocasiões ficamos preocupados com a mosca e o elefante fica passeando na nossa frente e não vemos. Sabe por quê? Porque centralizamos tudo. Vendas, administrativo, financeiro, vitrine, caixa, faturamento, etc. Queremos centralizar tudo e não cuidamos de nada. Delegue, entregue responsabilidades e acompanhe. Você só tem dois braços e uma cabeça para pensar, lembra?
Pessoas “mais ou menos” só podem entregar resultados “mais ou menos”. Esqueça essa muleta de que um bom profissional custa muito caro. Caro é perder clientes, pagar juros, vender mal e, principalmente, ter que refazer o que já deveria estar bem feito. Bons profissionais realmente exigem investimento, mas se pagam facilmente.
Qual foi a última vez que você participou de um curso, palestra ou congresso sobre o seu segmento? Mais de um ano? Então corra e recomece já. O mercado muda a todo instante e quem não acompanha esta mudança, dança.
Responda sem pensar: Qual é o seu custo fixo mensal? Qual o valor e o giro do seu estoque? Qual é o seu Ponto de Equilíbrio? Quantos clientes ativos sua empresa possui? Qual é o seu Ticket Médio? Difícil de responder? Pois é, se você não conhece a sua empresa como espera ter sucesso?
O concorrente vende por 10 você por 9. Depois ele vende por 8 e você por 7 e ainda argumenta que se não fizer isso vai perder venda. Amigo, se você continuar a fazer isso, você não vai perder só venda. Você vai perder a empresa.
Portanto, não espere apenas por ações externas para revigorar a sua empresa, seja ela de que tamanho ou segmento for. Olhe para dentro da sua operação, faça tudo que estiver ao seu alcance com profissionalismo e extrema qualidade. Planeje com detalhes aonde chegar e como chegar.
Em um mundo onde quase tudo virou commodities com qualidade, preço e forma de pagamento similares, será sempre o mais ágil – e não o maior ou mais antigo – que sobreviverá. Logo, ficar esperando que terceiros decidam o seu futuro não é uma opção.
Fonte: Portal Administradores
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