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Os mitos existem e, infelizmente, atrapalham o trabalho de muitos profissionais — independente da área. Na cibersegurança não é diferente: coisas como “não existe vírus para Apple” e “eu não tenho nada a esconder, então minha privacidade não importa” podem ser enquadradas como sofismas que, vez ou outra, aparecem até aqui nos comentários do TecMundo.
A ESET resolveu dar uma mão nesse tema e está desvendando algumas crenças que podem colocar a segurança dos usuários de computador ou smartphone em risco. Se você quiser ficar sempre antenado nas últimas notícias de segurança e entender como isso afeta a sua vida, acompanhe a nossa página dedicada ao assunto.
Agora, acompanhe as 7 mentiras em que você provavelmente acredita sobre a cibersegurança, elencadas e explicadas pela empresa ESET:
Antigamente, realmente era possível que um sistema ficasse lento ao ser atualizado, ou mesmo que o computador travasse. No entanto, esse inconveniente foi ficando no passado, e hoje os updates ajudam o usuário a manter seu computador seguro e funcionando normalmente. Essas atualizações geralmente corrigem possíveis falhas do sistema, que deixariam o dispositivo vulnerável; isso vale para celulares, PCs e outros.
Mais uma lenda fundamentada em informações do passado, quando as infecções causavam lentidão nos sistemas. Atualmente, os malwares buscam mostrar propagandas ou conseguir dados sigilosos dos usuários.
Para conseguir isso, muitas vezes, o invasor não deseja que seu vírus seja notado, portanto as ameaças são desenvolvidas para passarem despercebidas, provocando o mínimo de mudanças possível. Já nos dispositivos móveis, ter um vírus instalado pode fazer com que a bateria acabe mais rápido, mas dificilmente o aparelho será danificado, já que ninguém ganha nada com isso.
É bastante comum o pensamento de que somente famosos sofrem vazamentos de informações ou roubo de dados sigilosos, pois são indivíduos que despertam a curiosidade da população e, geralmente, possuem boa condição financeira.
No entanto, o mais comum são pessoas desconhecidas sofrerem com malwares, roubo ou vazamento de dados, já que o acesso a detalhes simples, como nome e número de CPF, é suficiente para que um criminoso faça um empréstimo em nome da vítima, por exemplo. Um dado que comprova isso é que o Brasil é um dos países mais atingidos por golpes no WhatsApp na América Latina.
Mesmo ao receber uma informação de alguém conhecido, o link pode ser uma ameaça. Muitas vezes, as pessoas compartilham informações sem verificar a fonte e, com isso, podem propagar notícias falsas, que o manterão desinformado, ou mesmo algo mais perigoso.
Em um ataque de phishing, por exemplo, as pessoas são levadas a uma página falsa, na qual serão incentivadas a compartilhar dados pessoais, como nome completo, email, telefone e até dados bancários em troca de prêmios, brindes ou resgate de dinheiro.
Esse é mais um mito das antigas. Ele existe pelo fato de que, até alguns anos atrás, o Windows era o sistema operacional mais utilizado, portanto os atacantes virtuais desenvolviam muitas ameaças para essa plataforma.
No entanto, atualmente outros sistemas muito utilizados possuem diversas ameaças detectadas. De acordo com pesquisa da ESET, no primeiro semestre de 2018, o Android teve um total de 322 falhas de segurança, sendo que 23% delas foram críticas. Enquanto isso, o iOS teve 122 vulnerabilidades detectadas, sendo 12% delas críticas.
Muitas mensagens circulam por aí alertando sobre um vídeo que estaria espalhando vírus. Porém, hoje em dia, a maioria dos vídeos são hospedados em plataformas como YouTube e Vimeo e não representam riscos se assistidos diretamente de lá. Porém, se o vídeo tiver que ser baixado no computador ou celular, aí sim a ameaça pode existir.
Vale ficar de olho no formato do arquivo para saber se de fato é um vídeo, já que o arquivo pode ser um trojan ou possuir extensão dupla, contendo código malicioso. Deve-se ter em mente que isso ocorre também com fotos ou mesmo com aplicativos relacionados. Extensões como .MP4, .MOV, .AVI e .WMV são as mais comuns para vídeos.
Outra mensagem comum é o alerta para não atender à ligações de um determinado número, pois seu celular será clonado. Trata-se de mais um boato, talvez um dos mais antigos que circulam desde a popularização dos aparelhos móveis. A ESET esclarece que a clonagem de um número é, sim, possível por meio de outras formas mais complexas, mas não ao simplesmente atender uma ligação.
“Para aproveitar a internet com segurança, é necessário que o usuário se livre de antigas crenças e se conscientize da melhor maneira sobre proteger seus dispositivos contra malwares, phishings e outras ameaças. O melhor caminho é sempre o bom senso na hora de navegar, evitando o preenchimento de informações em sites desconhecidos, e possuir um antivírus robusto instalado, para melhorar a proteção contra as principais ameaças que qualquer dispositivo pode enfrentar”, aconselha Camillo Di Jorge, country manager da ESET no Brasil.
Fonte: Tecmundo
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