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Que vivenciamos tempos onde pautas de muita relevância estão sendo levantadas, não é novidade para ninguém. As pessoas estão mais interessadas em saberem o porquê das coisas e como isso impacta a vida de cada uma delas.
Recentemente, um assunto que rendeu muita repercussão no meio digital, foi o boicote de grandes marcas ao Facebook, a segunda maior empresa de mídia do mundo, que fica atrás somente do Google. Sabe o motivo? Reivindicação pela melhoria do supervisionamento das diretrizes da plataforma e a criação de leis mais rígidas sobre a disseminação de conteúdo racista e discursos de ódio na mídia.
Gigantes do mercado como a Coca-Cola, Unilever, Starbucks, dentre mais de 400 marcas, já aderiram ao boicote. A intenção é pressionar para que possam existir responsáveis pela veiculação de conteúdos negativos e que esses sejam identificados pelo Facebook para que situações como essas não tomem proporções a fim de prejudicar nada e nem ninguém. Pensando como empresa, não é nada legal ter o nome do seu negócio atrelado a uma mídia que funciona apenas como receptora de conteúdo, mas não tem estrutura, estratégia e comprometimento com a forma com que essas informações irão chegar para o usuário. Isso não vale apenas para o fator “quantas pessoas viram sua publicação” mas sim, se esse material é verídico, se foi você quem postou mesmo, se não é um bot, ou uma fake news. Existem muitas falhas tecnológicas que o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, precisa avaliar e reavaliar para projeções futuras da mídia social. Estima-se que com esse movimento, Zuckerberg teve uma perda de receita de mais de 300 bilhões de reais.
Para Arthur Igreja, autor do livro Conveniência é o nome do negócio, Mark se comporta como um “CEO de Oligopólio”, expressão usada para a situação em que poucas empresas detêm o controle da maior parcela do mercado.
“Mark age como se o Facebook fosse uma empresa de saneamento, onde as pessoas podem se contaminar com a água, mas os responsáveis irão dizer que só operam canos, e que não tem nada a ver com isso.”
De fato, é um modelo de negócio que destoa muito dos principais agentes de comunicação em escala global, como as revistas, TV, jornais e rádios que possuem todo o protocolo de segurança das informações prestadas a população.
Durante muito tempo, empresas de tecnologia usaram de uma espécie de “licença poética” para buscarem menos tributações. Elas diziam que nada poderiam fazer em situações parecidas, ou que possuíam pouco controle, o que é totalmente contrário do ponto de vista de desenvolvimento da tecnologia artificial. Essas empresas por meio dos avanços tecnológicos são capazes de compreender os hábitos de consumidores com diversas particularidades, mas para identificar um discurso de ódio, postagens preconceituosas, dizem que muito pouco ou quase nada podem fazer. O mesmo se aplica por exemplo às fake News.
A pauta sobre filtro de conteúdo é tão necessária quanto qualquer outro assunto, porque aqui não tratamos de coisas, mas de vidas que são impactadas por essa “falha de verificação de conformidade”
Duramente criticado, o Facebook já vinha sendo assunto na mídia por posturas praticadas frente a alguns episódios de conhecimento mundial, como o massacre em Nova Zelândia, precisamente em mesquitas na cidade de Christchurch. Na ocasião, 51 pessoas morreram e outras 40 ficaram gravemente feridas. O autor do massacre é um australiano de 29 anos que se declarou culpado em uma audiência esvaziada pelo coronavirus no dia 25 de março deste ano. O fato é que ele transmitiu todo o acontecido ao vivo por meio de uma live no Facebook. Na época do acontecido, na data de 15 de março, demorou muito tempo até que o Facebook bloqueasse a transmissão. Isso foi mal visto pela maioria dos usuários da plataforma.
Roger McNamee é um empresário, investidor, capitalista de risco e músico americano. Ele é o sócio fundador da empresa de capital de risco Elevation Partners. Antes disso, McNamee co-fundou a empresa de private equity Silver Lake Partners e chefiou o T. Rowe Price Science and Technology.
Detentor de muitas ações do Facebook, no livro Zucked, McNamee conta a história dramática de como ele, um notável capitalista de risco de tecnologia, um dos primeiros mentores de Mark Zuckerberg e investidor de sua empresa, acordou com os graves danos que o Facebook estava causando à nossa sociedade e como se propõe a tentar detê-lo.
Zucked é o acerto de contas íntimo de McNamee com o fracasso catastrófico do chefe de uma das empresas mais poderosas do mundo em enfrentar os danos que está causando. É uma história que começa com uma série de despertares rudes. Primeiro, há a percepção inicial do autor de que a plataforma está sendo manipulada por alguns atores muito ruins. Há ainda a constatação mais perturbadora de que Zuckerberg e Sheryl Sandberg são incapazes ou não estão dispostos a compartilhar suas preocupações, por mais educadas que sejam para ele.
E você? O que pensa sobre essa discussão?
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Até o próximo post 😉
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