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Você já ouviu falar em phygital? Se não, é melhor ir se acostumando com esse termo que traz um conceito bastante conhecido para muitos. Mas, antes, vamos contextualizar sobre esse assunto.
No ano de 2020 muito se ouviu falar sobre a transição dos negócios do meio físico para o on-line. Isso porque a pandemia do novo coronavírus fez com que as empresas tentassem viabilizar a alternativa mais viável e ágil para continuarem suas atuações frente a esse cenário. Muito se especulou sobre a migração total das demandas para o meio digital, fazendo com que pequenos e grandes negócios fechassem as portas dos espaços físicos de forma definitiva.
De lá pra cá, já deu para perceber que dentro do setor estratégico de uma empresa existem realidades mutáveis e que não devem seguir a todo o tempo um modelo preestabelecido, pois, o objetivo final são pessoas complexas, o público alvo. Essas pessoas tem idades, formações, classes sociais, entre outras questões do tipo que as tornam diferentes e únicas. E sim, você precisa pensar na melhor forma de atingir essas preferências a fim de tornar o consumidor do seu produto ou serviço, fiel e encantado.
Com a tendência dos processos digitais é necessário pensar nessa estrutura de atuação para duas finalidades, o meio físico e o on-line. Sim, o phygital veio para mostrar que você precisa ter presença e atuação digital, mas também física. Sendo a segunda, tão importante quanto a primeira.
Um exemplo, os comércios ficaram fechados por muito tempo no ano de 2020, seguindo as restrições do governo devido a pandemia. Quando houve a possibilidade de reabertura, era possível acompanhar filas quilométricas de pessoas nas lojas efetuando compras. Paralelo a isso, em um momento anterior, acreditava-se que as pessoas deixariam de fazer compras presenciais, isso ficaria completamente no passado, as lojas virtuais e/ou marketplace dominariam tudo. Deu para perceber como é importante atualizar as estratégias de forma contínua? Nesse meio, não existem verdades absolutas, tudo é mutável, as coisas mudam o tempo todo, e é por isso que os profissionais de marketing devem se manter antenados à essas novas tendências.
Pois bem, agora que você está ambientado sobre o assunto, vamos lá!
Phitygal é a mescla entre o ambiente digital e on-line. Ou seja, sabe aquela suposição de que tudo migraria para o on-line de forma definitiva? De acordo com os estudos acerca do phytigal, não é mais uma boa estratégia para se seguir.
A área de comunicação precisa se preparar para a convergência desses meios, afinal, essa atualização requer restruturação de planejamento estratégico, pois essa abordagem vem impactando de forma exponencial o mercado.
O phygital é o presente da publicidade e promete ser muito promissor para um futuro bem próximo. É possível ver isso claramente nos dias atuais, onde as empresas não atuam somente em um meio. Com esse modelo de atuação mais híbrido, vai ser cada vez mais comum ver empresas atuando nas duas segmentações.
Vamos usar o exemplo da Amazon, que é uma empresa multinacional de tecnologia norte-americana, ao mesmo tempo em que ela oferece livros de forma on-line, também os deixa disponíveis de forma impressa em algumas de suas unidades físicas, como a livraria que existe em Seattle, nos Estados Unidos.
Isso é uma estratégia e tanto para a organização, que não foca só em um público, partindo da premissa que se há demanda de produtos físicos, é porque tem quem os consome. Assim, é possível atingir diversificados e específicos tipos de consumidores, sem deixar de lado o cliente que gosta da experiência digital e física.
A palavra de ordem da vez é não ficar parado. As tendências de marketing estão aí para movimentar e aquecer o mercado. Tudo se transforma em uma velocidade rápida, e diante dessa premissa é preciso ter facilidade de adaptação para não perder espaço no mundo dos negócios, por não conseguir oferecer ações verdadeiramente eficazes aos clientes.
Agora, vamos falar de como o phygital vem promovendo as mudanças na forma de abordar e direcionar as ações no meio comunicacional.
Fique por aí, não pare a leitura 😉
Os impactos que o phygital vem promovendo são muitos. Há um tempo, apenas um anúncio de publicidade em uma revista, por exemplo, já captava a atenção de inúmeras pessoas. Com a digitalização dos processos, é preciso pensar em canais de comunicação de forma múltipla, visando de forma abrangente as diferentes mídias digitais.
A tecnologia tem ajudado e muito na criatividade, dá inclusive para se produzir materiais impressos e trazê-los para o digital.
A Tetra Pak usou dessa estratégia e envolveu a realidade aumentada. Inclusive, a realidade aumentada é uma ótima forma de transmídia.
A intervenção feita pela Tetra Pak se deu por meio das embalagens das marcas Maratá e sucos Tial. Por meio de um QR Code na lateral dos produtos, era possível começar uma animação em 3D. Sem dúvidas, uma incrível forma de encantar os clientes do meio físico, os trazendo para o digital. A Tetra Pak, inclusive, tem muito interesse que os seus clientes também conheçam toda a tecnologia que a empresa envolve em seus processos.
Assista, abaixo, a reprodução dessa ação:
Na atualidade, um produto ou serviço pode ser consumido por gerações diferentes umas das outras, é por isso que o fator criatividade é um diferencial nas escolhas que envolvem o plano de comunicação de uma empresa. Por vezes, você pode pensar em uma super ideia e agradar em cheio um público A, mas provocar o contrário em um grupo B. Por isso, quando for pensar em integrar os meios on-line e físico nas ações de comunicação, preste bastante atenção nesse aspecto.
As ações utilizadas pelo setor de marketing de forma presencial já mudaram e muito. Hoje em dia é possível ver óculos de realidade aumentada, inteligência Artificial, entre vários outros mecanismos que podem ser usados para encantar o consumidor de forma criativa.
Antes de tudo, é necessário rever a forma como o seu público-alvo é visto. No contexto geral, as pessoas eram vistas de forma homogênea, e em cima dessas percepções primárias são fomentadas ações. Aqui, o que é levado em questão era a idade, classe social, formação e outras classificações desse tipo.
A buyer persona (público potencial) criada como referência para pautar a produção de conteúdo chama-se Larissa e tem 22 anos. Filha única, mora com os pais no bairro Santa Efigênia, região Centro-Sul de Belo Horizonte e estuda Publicidade e Propaganda na faculdade Una, no Campus Liberdade, em Belo Horizonte. Ela não dirige, trabalha seis horas por dia como estagiária de marketing, e se informa por meio das redes sociais, principalmente o Instagram e gosta de sair, principalmente entre sexta e domingo com os amigos, já que ela é solteira.
No exemplo acima, demos o exemplo de uma persona. Personas são personagens fictícios criados para representar os diferentes tipos de usuários dentro de um alvo demográfico, com atitudes e/ou comportamentos definidos, que poderiam utilizar um site, uma marca ou produto de um modo similar. Essa definição é importante para começar a estruturar um plano de marketing, mas deve ser atualizada sempre que possível com as mudanças das tendências. Levando em consideração, por exemplo, se pessoas fora do ambiente da sua persona também consomem de forma significativa o seu produto. Se isso acontecer, você precisará fazer ações que atendam também essas pessoas. Isso se dá pela complexidade de entender os estímulos que estruturam uma personalidade única.
É nítida a forma como, cada vez mais, os seres humanos têm vontades próprias e desejos singulares, o que deixa também em evidência a importância de engajá-los de várias formas possíveis. Uma pessoa pode gostar de consumir conteúdo impresso, um jornal ou uma revista para se informar pela manhã, mas é um tremendo heavy user de redes sociais, usando-as também para se informar. É comum ver que, por muitas vezes, uma mesma notícia é propagada de formas diferentes pelas mídias. O comportamento desse indivíduo em usar dois meios para se informar, diz muito sobre a forma como as pessoas consomem conteúdo.
É por isso que é salientada a importância de colocar à disposição de um cliente em potencial, todas as opções possíveis de engajamento. Fazendo isso, a sua marca será compartilhada em uma vasta variedade de lugares e também demostrará autoridade em diferentes ambientes. Aqui, o conceito de Omnichannel está totalmente ligado à essa estratégia. O Omnichannel nada mais é que uma estratégia de conteúdo entre canais que as organizações usam para melhorar sua experiência do usuário e conduzir melhores relacionamentos com seu público nos pontos de contato.
Sim. Por isso é importante que você conheça mais sobre esse assunto para oferecer a melhor experiência aos seus clientes. Esse conceito é, com toda certeza, o futuro da publicidade. Pense na multimodalidade, na transmídía, na convergência, e em todos os outros aspectos que podem te ajudar a traçar o melhor caminho para uma estratégia phygital.
Nós já falamos em outro momento sobre a cultura da convergência na matéria “Já ouviu falar em cultura da convergência?”
Gostou do artigo? Temos uma sugestão. Leia o livro do Henry Jenkins – Cultura da Convergência, vocês terão em mãos um dos maiores ensinamentos da ascensão midiática. Para atuar no meio digital é necessário conhecer e compreender o que esse universo oferece. No estudo de Jenkins, tudo foi levado em consideração. Desde a forma como se relacionam com as mudanças, até os fatores culturais e sociais que influenciam nas formas de consumo. Se não leu, vale a pena conferir essa super obra. #Dicadalink!
Expanda as potencialidades do mundo da comunicação estratégica!!!
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